Uma pequena menina que apenas vivia sua vida como os outros, brincando
com bonecas e seus amigos, se divertindo. Uma menina qualquer que se fantasiava
com os filmes, com as brincadeiras de rua, com a imaginação de criança e sua
inocência, sem ao menos pensar o que poderia acontecer, sem se quer querer que
acontecesse.
E essa menina estava crescendo rápido, vivenciava coisas incomuns e
quando acontecia algo ruim já não era tão fantasiada já sabia um pouco da
realidade e via fantasmas, sempre virá, antes eram sempre escuros como as
sombras, e acontecia de vez enquanto que os fantasmas a perseguia e a chamava.
Mas essa menina sempre tinha um pingo de luz, que a deixava encantada por outras
coisas, sereias e fadas, isso a deixava feliz o bastante para poder espantar as
coisas ruins e acreditar um pouco na vida.
E durante muito tempo foi assim, e como sempre tudo mudou como sempre
muda... Ela cresceu e viu muito mais do que queria ver e sentir. Já não tinha
seu encanto, já sabia da realidade que todos vivem um pouco mais do que antes e
sem querer se perdeu no que os outros sempre viveram e se perdeu o brilho.
Por um momento tudo estava escuro demais para poder seguir em frente ou
voltar no que era e acreditar no que sempre acreditou e deixou tudo como estava
sem mexer e mudar nada.
O tempo se passou a garota já sabia tudo, mas ainda não acreditava nela
mesma e sofreu muitas vezes sem querer...
E quando se levantou algo havia mudado nela, algo foi perdido e não
recuperado. E o pior de tudo é que ela mal sabia o que era, mas sentia que
alguma coisa faltava.
E o brilho foi guardado dentro dela e só agora percebeu que não tinha
perdido o brilho que a faz sentir, ver e escrever coisas encantadas e sombrias
às vezes, e que aprendeu com os fantasmas, que se não fossem por eles nada adiantaria
para ela e não seria o que é não seria o encanto das fantasias, das ideias únicas
da vida, de tudo que é feito por nossa mente, nosso pensar e nosso ser.
E continuou a seguir em frente no mesmo lugar em que viverá a infância,
se ergueu no mesmo lugar, onde as árvores são altas, belas e cheias de flores,
numa praça qualquer, no mesmo lugar onde tudo foi criado, sossegado e organizado
que ela seguiu em frente, esperando nada além do que é no agora, no mesmo
lugar...
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